
A mudança de uma marca ao longo de sua jornada no mercado confunde o consumidor e gera prejuízos devido toda tramitação judicial e comunicação que devem ser transferidas para a nova marca que está nascendo, além de perder clientes pelo caminho. Foi exatamente isso o que aconteceu com o antigo Barateiro.
Quando Abílio Diniz, após pesquisas de mercado, constatou que nenhuma de suas marcas do Grupo Pão de Açúcar atingiam as classes C e D ele resolveu comprar o Barateiro, porém, também através de pesquisas de mercado, foi constatado que o Barateiro era uma afronta as donas de casa que não queriam apenas comprar produtos baratos, mas queriam produtos de qualidade e comprar bem. Foi assim que o Barateiro se transformou no Compre Bem. Com o passar do tempo e as oscilações do mercado essa marca também foi descartada e resurgiu no final de 2015 com o novo nome e consceito Aliados Compre Bem.
A nova estratégia traz a proposta de transformar estabelecimentos comerciais que já existem em aliados, fornecendo know-how e descontos nas compras dos lojistas exigindo apenas a fidelidade do parceiro, ou seja, que ele compre apenas do Grupo Pão de Açúcar e não mais de diversos fornecedores.
Uma estratégia inovadora no mercado varejista brasileiro, mas que se não der certo acarretará em prejuízo para ambos os envolvidos.
Algo parecido aconteceu com um chocolate bem conhecido da Nestlé. Entre os anos de 1980 e 1992 o Chocolate Lollo fazia parte da caixa de bombons Nestlé Especialidades, porém, por determinação da Nestlé Internacional o Lollo foi substituido pelo Milkybar. Anos depois, acompanhando as discussões nas redes sociais, a Nestlé percebeu o desejo nostálgico que seu público tinha pela volta do Lollo fazendo com que em 2012 ele voltasse para substituir seu substituto, mas e quem gostava do substituto?
Respeitar o consumidor requer prudência na hora de tomar decisões administrativas. Alguns consumidores podem não entender o vai e vem da marca e acabar optando por não consumir mais determinado produto.